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União de forças em defensivos biológicos

Sem categoria 17 de dezembro de 2018. Visualizações: 142. Última modificação: 17/12/2018 09:36:52

De olho em um mercado que cresce 15% ao ano, a Aqua Capital, gestora brasileira de fundos de participações voltada ao agronegócio, anunciou ontem a criação de uma plataforma de produção e distribuição de defensivos biológicos.

A plataforma nasce da aquisição do controle da Total Biotecnologia, com sede em Curitiba (PR), e da união dessa empresa com a Biotrop, startup criada pela Aqua em 2018 em Vinhedo (SP) em parceria com Antônio Zem, biólogo e ex-presidente para América Latina da FMC Soluções Agrícolas.

A aquisição do controle da Total faz parte do pacote de R$ 400 milhões investido pela gestora nos últimos meses em seis empresas, a maioria delas da área de distribuição de insumos.

“Defensivos biológicos estão em expansão e queremos crescer acima da média do mercado”, disse Antônio Zem, sócio e presidente da nova plataforma. Os sócios-fundadores da Total, André Kniphoff e Ricardo Araújo, também permanecerão na gestão dos negócios.

As duas empresas continuarão operando de forma independente, mas compartilharão as unidades de produção. A Total terá produtos direcionados ao mercado de grãos (soja, milho e feijão) e a Biotrop centrará o foco em hortifrútis, cana, algodão, café e citrus.

Atualmente, a Biotrop tem dois produtos registrados no mercado de biológicos e mais 12 na fila para registro. Já a Total Biotecnologia detém 27% do mercado brasileiro de inoculantes (bactérias fixadoras de nitrogênio que reduzem a necessidade de adubação química), que movimenta R$ 320 milhões por ano.

Juntas, as empresas têm 10% de participação de mercado em biodefensivos, que inclui os inoculantes. “Esse mercado está em torno de US$ 350 milhões e queremos crescer o market share em 3% ao ano nos próximos cinco anos”, disse Zem. A previsão é que até 2023 a receita conjunta das empresas triplique e alcance R$ 200 milhões.

Mesmo sem novos investimentos em capacidade instalada, disse Zem, a plataforma tem condições de atender ao aumento da demanda interna por três anos. A proposta da plataforma é também é exportar. Desde 2016, a Total, criada em 2005, vende para outros países da América Latina. “Estamos inicialmente estabelecendo bases na Argentina, no Paraguai e na Bolívia. E estamos avaliando outros países, inclusive os EUA”.