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CTARN

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil chegou a R$ 5,9 trilhões em 2015. O PIB do agronegócio alcançou R$ 1,26 trilhão, representando 21% do PIB total brasileiro. Já o PIB da pecuária chegou a R$ 400,7 bilhões, 30% do PIB do agronegócio brasileiro (Perfil da Pecuária Brasileira, 2016).

O valor bruto da produção (VBP) da agropecuária brasileira (da “porteira para dentro”) deve atingir R$ 540,8 bilhões em 2016 conforme as últimas projeções da Confederação Nacional da Agricultura (CNA). O VBP da agricultura, que leva em conta 20 das principais culturas produzidas no país deverá somar R$ 339,9 bilhões. Para a pecuária, a projeção da CNA é de R$ 200,8 bilhões.

A cadeia produtiva da pecuária bovina movimentou ao longo de 2015 a quantia de R$ 483,5 bilhões. Desse montante, R$ 147,03 bilhões se referem às operações “dentro da porteira”, ou seja, nas atividades anteriores e nas próprias fazendas. Nas indústrias, o movimento foi de R$ 145,88 bilhões, e no varejo chegou a R$ 176,36 bilhões (Perfil da Pecuária Brasileira, 2016).

A participação do Nordeste no PIB do agronegócio brasileiro concentra-se nos estados que fazem parte da região do MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) em função da produção de grãos.

As frutas têm apresentado importância crescente no país, tanto no mercado interno como no internacional. Em 2015, o valor das exportações de frutas (inclui nozes e castanhas) foi de U$ 888,8 milhões, e a quantidade exportada foi de 854,8 mil toneladas. (Agrostat/Mapa, 2016). Mamões frescos, mangas e melões são as frutas que apresentaram os melhores resultados em valor das exportações. Mas o Brasil exporta ainda quantidades pequenas de frutas. A proporção entre exportação e produção em 2016 é bastante baixa: banana, 1,2%; maçã, 5,8%; manga, 13,5%; mamão, 2,5%. Entre as frutas, a banana é a que apresenta maior dispersão geográfica no país, mas São Paulo e Bahia são os principais produtores com 28,4% da produção nacional na safra 2015/16. A maçã e a uva se concentram no Sul. Rio Grande do Sul respondem por 95,8% da produção nacional. A maçã está distribuída no Rio Grande do Sul e Santa Catarina que respondem por 94,5% da produção nacional. A uva está distribuída em Rio Grande do Sul, com 43,5% da produção, seguido por Pernambuco, 25%, e São Paulo por 15,0% da produção.

O Semiárido Nordestino, região de atuação direta da Universidade do Semiárido (UFERSA), apresenta excelente potencial para a produção de frutas tropicais e algumas microrregiões, a exemplo do Seridó (RN) e Sertão Central (Quixeramobim) são tradicionais na produção de leite e derivados. Há, também, no Semiárido Nordestino um crescimento da atividade da agricultura familiar, cujos produtos necessitam de avanços no tocante ao controle de qualidade.

O Semiárido Nordestino se destaca ainda na aquicultura (principalmente camarão e tilápia) e na atividade da caprinovinocultura e apicultura.

Em função da importância do negócio rural para o Brasil e para a região Semiárida é fundamental o estabelecimento de um canal de comunicação entre a academia e o setor produtivo local e regional.

Este canal é justificado pois a humanidade experimenta enormes mudanças nas últimas décadas. A cada momento surgem novas formas de se interpretar e alterar a realidade, assim como novas fontes de compreensão sobre a natureza, a sociedade e os processos históricos. Fica cada vez mais evidente a importância da ciência e de processos aprimorados de análise e antevisão, para lidarmos com a complexidade que marca o nosso tempo.

É nestas circunstâncias que identificamos um movimento em curso nas instituições técnicas nacionais e internacionais, nos centros de pesquisa, nas universidades, expresso em artigos, debates e contribuições diversas.

Para tanto, é indispensável construir um canal de comunicação entre o campo e a cidade. Tal diálogo será mais eficaz se a leitura da realidade for interpretada pelos paradigmas e comparativos praticados pela ciência.

Neste sentido, a Universidade Federal Rural do Semiárido conseguiu em meados da década passada aprovar junto à FINEP o projeto denominado: CTARN – Centro Tecnológico do Agronegócio do RN e, agora, após a reforma estatutária, sentimos a necessidade de institucionalizar como forma de avançar na prestação de serviços de extensão e desenvolvimento tecnológico para o negócio rural do Semiárido.

4 de outubro de 2017. Visualizações: 944. Última modificação: 04/10/2017 15:27:29